sábado, 1 de maio de 2010

DIGA NÃO A ATROFIA MUSCULAR!!


Exercícios amenizam a atrofia muscular

Apesar de ser uma condição inevitável, como atestam os especialistas, a perda da massa muscular pode ser prevenida, e até cessada, se forem observados alguns cuidados.

Praticar uma atividade física regularmente, com uma frequência mínima de três a quatro vezes por semana é fundamental.

Os exercícios de resistência são os mais recomendados: musculação, caminhadas, natação, hidroginástica, e até mesmo atividades de dança e jogos coletivos.

Mas entre as atividades citadas acima, o fisiologista Márcio Mousinho destaca a musculação como a melhor para combater a sarcopenia.

“Essa modalidade é cientificamente comprovada a melhor, para a prevenção, tratamento e reversão do quadro da perda da massa muscular, força e fraqueza músculo-esquelética decorrente no envelhecimento.”


Os exercícios mais recomendados, segundo ele, são os que envolvem os membros inferiores, pois deles depende a locomoção do idoso para a realização das tarefas cotidianas.

Mousinho lembra, porém, que antes de iniciar a musculação, é preciso fazer uma avaliação física e funcional com um Educador Físico, especialista da área, para que identificar as possíveis limitações e doenças já existentes.

“Estas informações preliminares norteiam uma prescrição de exercícios adequados, de acordo com a capacidade atual”, diz.


O professor de Educação Física e especialista em Ciências do Esporte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Raimundo Nonato Nunes, também afirma que a perda muscular pode ser neutralizada desde que a musculatura seja devidamente trabalhada.

Raimundo, porém, demonstra certa resistência com caminhadas no processo de contenção da sarcopenia. Para ele, essa atividade não favorece a perda de gordura mas não reforça os músculos.

“Temos que dar ganho de massa muscular para que o idoso possa fazer suas atividades mais simples, como pentear os cabelos, sentar-se e levantar-se do vaso sanitário, por exemplo.”


Motivado pelas dificuldades impostas pela obesidade a um colega, o professor de Educação Física Raimundo Nonato Nunes desenvolveu uma metologia de exercícios físicos realizados na água que promovesse a queima de calorias, a perda de gordura e o aumento da massa muscular não apenas para pessoas de idade mais avançada, mas também doentes crônicos e obesos.

A técnica, batizada de “Caminhágua”, consiste em sessões de caminhadas, com até uma hora de duração, no máximo, executadas dentro de uma piscina. Com a adaptação e evolução dos alunos, o grau de dificuldade dos exercícios vai aumentando.

Segundo o professor, a técnica é baseada em três pressupostos básicos: de Arquimedes, sobre a modificação do peso na água, que é reduzido. “Dessa forma, os exercícios não sobrecarregam os membros inferiores, pois a água reduz em até 20% o peso do corpo.”; de Newton, sobre a dificuldade de vencer a inércia da água.

“Com isso, a massa muscular trabalha mais. É uma carga que é empurrada e não transportada como na musculação.”; e o de Carnot, que trabalha a temperatura. “A perda de calor favorece o emagrecimento, pois quanto mais fria a água, mais calorias são queimadas. Essa diferença entre a temperatura da água e do corpo faz acelerar o metabolismo.”


Segundo Raimundo Nonato, os exercícios físicos praticados na água geram uma perda calórica cinco vezes maior do que os praticados “a seco”. “Tem gente que perde até três quilos por semana.” O projeto “Caminh’água” é aberto à população e são realizados diariamente em piscina do Campus da UFRN, das 17h às 20h.

Os interessados devem procurar o professor Raimundo Nonato Nunes no Departamento de Educação Física. As atividades são realizadas há um ano e quatro meses.


O atual grupo de alunos tem pessoas com até 80 anos de idade, mas não é restrito somente à idosos. Há alunos de idades variadas. Entre eles, hipertensos diabéticos, portadores de Parkinson e problemas renais, além de gente com taxas alteradas.

Os benefícios são muitos, de acordo com Nunes: melhora da qualidade do sono, alta queima calórica, redução de todas as taxas e melhora da hipertensão. “Estamos tendo uma resposta fantástica”, comemora o professor.


São mais de 100 alunos sob a orientação de Raimundo Nonato, durante cinco dias da semana. Não há horário estipulado para as atividades, ficando a cargo de cada um programar suas aulas no intervalo de horário estipulado.

“A libertadora”

O professor Raimundo Nonato se diz muito satisfeito em proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas e ver a satisfação no rosto delas. Um dos frutos desse afinco é o projeto de uma cadeira para atividades físicas, batizada de “A Libertadora”. Feita em madeira, ela proporciona até 13 combinações diferentes de exercícios, segundo o seu criador, que agora busca patentear o protótipo.

A cadeira tem uma base para sentar-se maior do que as tradicionais, um encosto para a cabeça/pescoço e ainda pesos feitos de garrafa pet para trabalhar os membros inferiores e superiores, abdome e coluna vertebral. A intensidade da carga é de acordo com o material colocado no interior das pets (areia, chumbo, água).

A motivação para a criação de “A Libertadora”, como conta o seu idealizador, foi a condição do pai de um amigo seu que, mesmo precisando e sob recomendação, se recusava a frequentar fisioterapia. “É como ter uma academia para as pessoas que não gostam de sair de casa.”

Mobilidade física e fatores de risco e proteção à saúde

Dados apontados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), em 2008. Números relativos à região Nordeste.

— Costumavam ir a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho:

55 a 59 anos – 44,1%
60 a 64 anos – 44,0%
65 anos ou mais – 44,7%

— Praticaram exercício físico ou esportes nos últimos três meses:

32,5% homens
16,9% mulheres
55 a 59 anos – 16,4%
60 a 64 anos – 16,6%
65 anos ou mais – 11,7%

— Pessoas ativas no lazer:

12,5% homens
7,0% mulheres
55 a 64 anos – 6,7%
65 anos ou mais – 4,8%
— Assistiram televisão 30 dias antes de participar da pesquisa:

50 a 59 anos – 90,9%
60 anos ou mais – 85,1%

— Usaram o computador, fora do trabalho, 30 dias antes da realização da pesquisa:

50 a 59 anos – 9,0%
60 anos ou mais – 3,0%

— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa:

60 anos ou mais - 1,4%

— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa, o que impossibilitou a realização de atividades habituais:

Deixaram de realizar – 30,5%
Não deixaram – 69,5%

— Foram vítimas de violência, nos 12 meses antes da realização da pesquisa e procuraram serviço de saúde:

Procuraram – 52,6%
Não procuraram – 47,4%

— Envolveram-se em algum acidente de trânsito nos 12 meses antes da realização da pesquisa:

55 a 64 anos – 1,2%
65 anos ou mais – 0,8%

— Fumaram algum produto variado do tabaco:

Cigarro – 16,0%
Industrializado – 11,9%
De palha ou enrolado à mão – 7,0%

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Crédito: Tribuna do Norte.com.br

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