sexta-feira, 9 de abril de 2010

CRIANÇAS, ADOLESCENTES E MUSCULAÇÃO!!


Crianças e adolescentes podem fazer musculação?


Nos últimos 10 anos, nota-se uma tendência maior a adesão de crianças e adolescentes à sala de musculação.


O motivo provável para essa situação talvez seja a busca constante por qualidade de vida e a influência estética que permeia a prática, pois nessa fase da vida (não apenas nessa), os indivíduos sofrem grande influência da mídia e padrões sociais pré-estabelecidos, onde é preconizado o corpo forte ao invés do corpo saudável.


É comum ver adolescentes obcecados por corpos fortes e bonitos, onde os mesmos não medem esforços e nem avaliam as conseqüências para alguns atos, como o uso de anabolizantes e suplementos alimentares não recomendados por médicos ou nutricionistas, e não regulamentados pela ANVISA.


É importante frisar também, que uma dieta bem elaborada é essencial para a saúde e principalmente para as demandas energéticas solicitadas na musculação.


Muitos dos benefícios do treinamento de força na fase infanto-juvenil ainda são desconhecidos pela população leiga (principalmente os pais) e muitos dogmas ainda são sustentados por profissionais desatualizados, que afirmam que a musculação interrompe o crescimento, faz mal a saúde nessa faixa etária, entre outros.


Segundo o posicionamento da National Strength and Conditioning Association, da American Orthopedic Society for Sports Medicine, e da American Academy of Pediatrics, os principais benefícios do treinamento de força, em pré-puberes e adolescentes são:


- Aumento da força muscular, potência e resistência muscular localizada (a capacidade de um músculo ou músculos de realizar múltiplas repetições contra uma dada resistência).


- Diminuição de lesões nos esportes e nas atividades recreativas.


- Melhora do desempenho nos esportes e nas atividades recreativas.


Evidências científicas demonstram também, ganhos na densidade mineral óssea de crianças e adolescentes que praticam a musculação, evitando assim o surgimento posterior de doenças ósseas, como exemplo a osteoporose.


Os ganhos com a prática da musculação são muitos, porém o treinamento de força não deve enfatizar o levantamento de cargas máximas ou sub-máximas, e sim salientar a perfeita realização técnica do movimento.


Portanto podemos ver como esse grupo especial pode beneficiar-se do treinamento de força, que por se tratar de crianças e adolescentes, necessitam de um maior acompanhamento de um profissional habilitado, para a orientação e monitoramento das atividades, deixando de fora os possíveis riscos aliados ao treino mal orientado, dando assim ênfase apenas aos benefícios que a prática pode trazer, que não são poucos.


Pedro Póvoa


Graduando em Educação Física no Centro Universitário Plínio Leite

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