domingo, 18 de julho de 2010

CUIDADOS BÁSICOS PARA DOR NO QUADRIL!!


Dor no quadril em mulheres, possíveis causas e tratamentos

Este artigo é especialmente dedicado as mulheres, pois são elas que lideram as estatísticas de queixas de dor no quadril.

A proporção é de 4 mulheres para 1 homem e a bursite trocantérica È a causa mais comum destas queixas.


A bursite trocantérica é conhecida como uma dor crônica na lateral do quadril, caracterizada por uma inflamação da bursa, uma pequena bolsa, cheia de liquido, encontrada em várias articulações do corpo como ombro e quadril, com a função de "amortecedor" e de diminuir o atrito entre estruturas ao redor da articulação durante o movimento.

A articulação do quadril é extremamente complexa (possui 32 músculos), que é submetida a grandes forças durante a atividade física, tanto para estabilização como para movimentação. Na literatura é descrito que durante uma caminhada lenta, esta articulação recebe 1,6 vezes o peso do corpo, e na corrida aumenta para 5 vezes em cada apoio do pé no chão.

Esta carga é resultante de várias forças distintas que o quadril recebe durante a atividade, entre elas a força de impacto do calcanhar, força de reação do solo e força dos músculos sobre a articulação.


ONDE SE LOCALIZAM AS BURSAS DO QUADRIL?


Na articulação do quadril existem de 14 a 21 bursas, mas a inflamação da bursa trocantérica é a causa mais comum de dor.

A bursite se dá quando ocorre a inflamação da bursa, no caso da trocantérica, localizada no quadril, mais especificamente próxima a uma proeminência do fêmur, o trocanter maior.

Nesta região se insere o músculo glúteo médio, responsável em estabilizar a bacia, evitando sua "queda" quando a descarga de peso ocorre apenas em um membro inferior, como ao damos um passo.


O músculo médio não é o único responsável pela estabilização do quadril, já que, junto com ele, uma estrutura fibrosa muito forte, localizada na região lateral do quadril, faz este trabalho: a fáscia-lata.

Entre o glúleto médio e a fascina -lata esta a bursa trocantérica, evitando o atrito excessivo entre eles.
Logo abaixo do trocanter maior insere-se o músculo glúteo máximo, um potente extensor do quadril, isto é, leva o membro inferior pra trás.

Durante a caminhada e principalmente durante a corrida, este tendão empurra a bursa contra o trocanter maior repetidamente, aumentando sua pressão levando assim a uma maior predisposição à irritação e consequente inflamação.


A mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos de idade. A corrida, principalmente de longa distância como a maratona, assim como o ciclismo, o futebol e alguns exercícios de musculação são práticas esportivas que tendem a desencadear o quadro, pois são atividades de esforço repetitivo que podem causar micro-traumas de repetição, ou lesões por overuse.

O trauma direto causado por uma queda sobre o trocanter maior ou pancada na região também pode desencadear a bursite de forma súbita, devido à hemorragia na bursa, aumento do volume e consequentemente aumento do atrito.

Mas, pesquisas revelam que em 8% dos casos de bursite trocantérica as causas são desconhecidas.


QUAIS SÃO OS SINTOMAS?


A dor localizada na região lateral do quadril é o principal sintoma, no início ocorrendo apenas na corrida e ao subir escadas, e em alguns casos na caminhada.

Com a progressão do quadro, a dor pode ocorrer também ao repouso e com irradiação para a coxa. Algumas pessoas se queixam de dor quando tentam cruzar as pernas na posição sentada ou ainda quando deitam sobre o lado afetado.

A piora da dor é lenta ou abrupta de acordo com a atividade praticada.
Ao exame clínico do atleta pode referir dor à palpação na região lateral do quadril; na maioria das vezes essa dor é localizada, mas em 25 a 30 % dos casos a dor irradia para a lateral da coxa.

É observado também o aumento da temperatura no local da inflamação.

O movimento não fica limitado, porém é doloroso em situações como a flexão do quadril, abdução (elevar a perna lateralmente) e rotação interna (girar a perna para dentro).


EXISTEM FATORES DE RISCO?


Sim, e muitos deles podem ser evitados ou minimizados. São eles: encurtamento da fáscia-lata e do músculo glúteo médio, diferença de comprimento entre os membros inferiores, pé supinado e alteração pré-existente em coluna vertebral como artrose, escoliose e hiperlordose.

Em casos de atletas que apresentam diferença de comprimento de membros inferiores, a correção pode ser feita utilizando palmilhas ou tênis adaptados, porém essa adaptação deve ser feita apenas com a indicação de um profissional de saúde, pois o uso inadequado pode agravar o problema.

Geralmente, usa-se adaptaÁıes apenas em diferenças de comprimentos de membros acima de 1 cm.


COMO DIAGNOSTICAR A BURSITE TROCANTÉRICA?

A investigação começa por uma história clínica detalhada dos sintomas e da prática esportiva realizada.

É importante relatar ao médico deformidades ou cirurgias já realizadas no quadril e também na coluna, mesmo que tratadas na infância, pois qualquer alteração desta natureza pode alterar a biomecânica (funcionamento adequado) do quadril, levando a alterações na atuação muscular e causando assim atrito anormal na bursa.

Serão mensurados também os comprimentos dos membros inferiores, a flexibilidade e força muscular dos músculos envolvidos.


O diagnóstico é praticamente clínico, exames de imagem como ultra-som, raio-x ou ressonância magnética são utilizados apenas para descartar problemas de outra natureza, como tumores ou processos articulares degenerativos.


TRATAMENTO:


O tratamento é clínico, na sua grande maioria, sendo raros os casos com indicação cirúrgica. O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo o equilíbrio muscular, a diminuição da dor e da inflamação.

O fisioterapeuta fará uma avaliação criteriosa para detectar quais são os grupos musculares fracos, tensos e encurtados; além disso, uma avaliação da marcha (modo de andar), da postura e de tratar um tratamento global.


Para a articulação do quadril, os exercícios enfocam, de uma maneira geral, o alongamento muscular de glúteos, laterais do quadril e tensor da fáscia-lata, o fortalecimento de adutores do quadril (músculos internos da coxa e quadril) e o relaxamento do músculo tensor da fáscia-lata e da própria fáscia lata. Além de recursos antiinflamatórios e analgésicos como a eletroanalgesia (TENS), laser, ultra-som, ondas curtas e a crioterapia.

Outro recurso utilizado é a infiltração, onde o médico aplica um fármaco no local da inflamação para diminuir os sintomas e o processo inflamatório. Essa técnica será realizada a critério do médico.


PARA PREVENIR
:


O treino consciente é sempre a melhor prevenção de lesões de um atleta. O bom preparo fisco, respeito aos limites pessoais e o equilíbrio muscular adequado são fundamentais para que a atividade seja praticada de maneira saudável.


Se tiver um treinador, procure informá-lo sobre qualquer sintoma de dor ao movimento ou à palpação na região lateral do quadril.

Apresente também o seu histórico de lesões, quedas, traumas, cirurgias e dores de qualquer natureza, para que ele possa planejar o seu treino, adotando as precauções necessárias.


Qualquer lesão tratada no início tem maior chance de cura, menor tempo de tratamento e permite que o atleta possa voltar a sua atividade com segurança.

Fonte: Portal da Educação Física

Um comentário:

filipe disse...

boa noite tenho arrepios na anca e perna lado direito, alguem especialista em coluna para falar comigo mandem pm ou respondam para aqui filipetoyota@hotmail.com para me ajudar obrigado a todos