terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O bem-estar do bebê está em suas mãos. Literalmente




Dentro desse vida atribulada em que cada vez diminui mais o nosso tempo com a família é interessante reservar uma horinha para estreitar o vínculo com o seu filho. E de um jeito muito especial: massageando todo o corpo dele. Essa massagem que tem origem na massagem indiana Shantala chegou ao Ocidente na década de 1960 na maleta do obstetra francês Frédérick Leboyer, criador do famoso método Nascer Sorrindo .

Este deve ser aquele momento em que você troca a afetividade com seu filho, pois nessa troca de afeto você também relaxa, pais e mães devem participar desse divino momento.

Defesas em alta

Um artigo inglês publicado este ano no periódico científico Paediatric Nursing confirma que os toques sistemáticos são relaxantes, aliviam cólicas e ajudam no desenvolvimento motor e psicológico da criança. Mas há outro benefício ainda mais surpreendente: eles fortalecem o sistema imune. "O toque bem-feito reduz a quantidade do hormônio chamado cortisol. E isso permite que as células de defesa, em especial as natural killers, capazes de combater vírus e até câncer, sobrevivam", explicou à cientista americana Tiffany Field, do Instituto de Pesquisas sobre o Toque, em Miami. Há até mesmo estudos com prematuros mostrando que a massagem estimula o ganho de peso, além de diminuir o tempo de hospitalização. E nem precisa ser uma técnica específica. "Qualquer pressão moderada com as mãos faz bem", garantiu a especialista.

É fácil aprender a aplicar a shantala, desde que você siga seus princípios: concentração, firmeza, constância, lentidão e ritmo. "O toque precisa ser consistente para atingir as camadas mais profundas da pele".

Claro que não é para pegar pesado com os pequeninos. A reação deles é que deve guiar suas mãos. "Se o bebê não estiver gostando, a mãe deve mudar o estímulo", sugere. "Em geral a criança aceita o toque, mas algumas ficam agitadas e até choram", avisa a fisioterapeuta Valeska de Oliveira, especialista em terapia manual. Se após algumas tentativas ela não se tranqüilizar, é melhor tentar em um outro dia.

A massagem é permitida depois que o umbigo do bebê cai. "Mas as mães só se sentem seguras para manipular o filho perto do segundo mês de vida", observa Valeska. Não espere demais. Os maiores de 7 meses se mexem muito e isso atrapalha. No entanto, se a criança for acostumada ao toque desde cedo, poderá aproveitar a massagem por muitos e muitos anos.

Contato de pele
A massagem deve ser feita no bebê nu, posicionado entre as pernas da mãe, o que favorece a comunicação olho no olho

Método de aplicação da massagem:


1.Comece pelas têmporas, uma de cada vez. Faça movimentos lentos e circulares, de preferência em sentido horário e no mesmo ritmo. Atenção no toque: ele tem que ser a um só tempo firme e suave. Nos dias frios, use um aquecedor no quarto

2. Contorne o nariz com a ponta dos dedos, em movimentos verticais, até encontrar a boca. Quando o bebê já estiver acostumado, repita uma segunda vez.


3. Com as mãos untadas de óleo vegetal, alongue cada bracinho, deslizando suas mãos, em forma de concha, desde os ombros até os punhos. Repita o movimento completo.


4. Deslize a palma de uma mão em diagonal sobre o peito, desde o ombro até a perna oposta. Faça o mesmo no outro lado. Repita.

5. Posicione o antebraço sobre o abdômen, como na foto, e deslize-o para baixo, fazendo movimento de rotação. A pressão deve ser leve. Faça mais uma vez.




6. Segure a perna entre as mãos e faça um leve movimento de fricção, em movimentos alternados de vai-e-vem. Vá da coxa até o tornozelo. Faça o mesmo com a outra perna e repita.





6. Vire a criança de costas, segure-a com umas das mãos pelo bumbum e deslize a outra mão, espalmada, do pescoço até o bumbum. Repita.


7. Aconchegue o bebê no colo, em posição vertical, e faça movimentos lentos de balanço para a frente e para trás. Enquanto isso, converse com ele sobre a experiência da massagem. Isso mesmo! Assim você fecha com chave de ouro esses instantes de comunicação com seu filho.

Fonte de pesquisa revista saúde baseado no artigo de Priscila Boccia, com Beth Fernandes

Tente fazer com os respectivos cuidados , estreite as suas relações familiares e boa sorte.

Arilton Gadelha

Massoterapêuta

8647.5595

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