sábado, 31 de julho de 2010

ATIVIDADE FÍSICA É SAÚDE!!


Nos últimos anos, as pesquisas médicas demonstram que boa parte da falta de saúde é causada pela inatividade física.

Através da consciência e de mais informações à respeito de cuidados para com a saúde que inclue maior movimentação corporal, as pessoas estão mudando seus hábitos de vida.

Sabemos que o único meio de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não durante um mês mas durante toda a vida.

Descobrimos que a saúde é, na maioria das vezes, um fator que podemos controlar e que podemos prevenir o surgimento de algumas doenças.

Quando nascemos recebemos um corpo saudável e temos o dever de cuidar e zelar por este que é nosso abrigo.
Verifique, a seguir, algumas vantagens que a atividade física proporciona:
  • As pessoas ativas tem vida mais intensa, apresentam mais vigor, resistem mais as doenças e permanecem em forma. São mais autoconfiantes, menos deprimidas e estressadas.
  • Uma pessoa ativa, tem tendência a ter o seu peso dentro da faixa normal e mantê-lo com mais facilidade e por mais tempo do que a sedentária.
  • O ativo apresenta pressão arterial e freqüência cardíaca mais baixa do que o sedentário tanto em repouso quanto em atividade, desta forma, o ativo suporta por mais tempo o exercício enquanto o sedentário tem certas limitações cardiovasculares.
  • A pessoa ativa tem maior VO2 (volume de oxigênio pulmonar) e suporta atividades de longa duração com mais facilidade.
  • A atividade física melhora a postura e ajuda a combater maus hábitos como o fumo entre outros.
  • Na ausência de exercícios físicos diários, nossos corpos tornam-se depósitos de tensões acumuladas e, sem canais naturais de saída para essas tensões, nossos músculos tornam-se fracos e tensos.

    O ideal é praticar atividade física durante toda vida mas, independentemente disto, podemos recuperar uma existência mais saudável e gratificante em qualquer idade.
    Mas atenção! Para vocês que desejam começar a se movimentar, é de primordial importância que façam antes um "check up" das condições cardíacas entre outros testes que comprovarão o seu nível de condicionamento físico (já disponíveis nas boas academias).

    A partir daí, procure orientação médica juntamente com um profissional da área de Educação Física para assim, iniciar as atividades.
    Podemos saber que fazer exercícios físicos com regularidade faz bem, mas esse conhecimento não é suficiente.

    O importante é FAZER, pois de que serve um conhecimento que não é aproveitado?
    :
    Valéria Alvin Igayara de Souza CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento.

    sexta-feira, 30 de julho de 2010

    NOVIDADE CONTRA HERNIA DE DISCO!!


    Nova microcirurgia à base de injeção de água trata hérnia de disco


    Uma nova técnica que utiliza jato dágua em alta velocidade começa a ser usada no Brasil para tratar hérnia de disco contida. Nesse tipo de hérnia, o núcleo do disco intervertebral está inchado e comprime os nervos da coluna, causando inflamação e dor, mas não há rompimento da membrana.

    Para descomprimir os nervos, uma agulha de 2 mm de diâmetro perfura a pele do paciente e chega à inflamação.

    A água entra no disco a 960 km/h e fragmenta seu núcleo. Em seguida, parte do conteúdo é aspirado, o disco murcha e a pressão sobre os nervos é reduzida.


    O procedimento, desenvolvido nos EUA, será apresentado nesta semana no Congresso de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna Vertebral, que ocorre em São Paulo.

    Estudos no exterior já mostraram que a técnica apresenta resultados semelhantes aos da cirurgia tradicional (chamado de microdiscectomia), que precisa de um corte de cerca de 3 cm para tratar a hérnia.

    Por aqui, pesquisadores do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo realizam uma pesquisa para comparar o procedimento convencional com a técnica à base de água, conhecida como hidrodiscectomia.

    Será avaliada a recuperação de 40 pacientes -metade será submetida à operação com água. Resultados preliminares de 16 pacientes mostram que a recuperação do doente (redução de dor e retorno às atividades do dia a dia) são semelhantes.


    "Já com relação à cirurgia, como sangramento e tempo de internação, a hidrodiscectomia é melhor", diz o ortopedista Raphael Martus Marcon, do instituto do HC. Com o jato dágua, o paciente recebe anestesia local e recebe alta no mesmo dia.

    A técnica convencional exige anestesia geral e ao menos um dia de internação.


    CUSTO ALTO

    No entanto, a nova técnica esbarra no alto preço do instrumento, patenteado por uma empresa norte-americana.


    A agulha é descartável e custa cerca de R$ 18 mil.


    "Mas a redução de gastos paralelos com internação, por exemplo, pode tornar a técnica vantajosa quando se popularizar", pondera o ortopedista Wilson Dratcu, do Hospital Abreu Sodré.

    Os custos de material para uma fusão das vértebras -outra opção para tratar esse e outros tipos de hérnia- podem chegar a R$ 30 mil, compara Dratcu.


    "A técnica não é acessível à maioria. Algumas operadoras de seguro ainda não a autorizam, como ocorre com toda nova tecnologia", diz o ortopedista Pil Sun Choi, presidente do congresso.

    Além do HC de São Paulo, o Hospital Abreu Sodré, vinculado à AACD, oferece o procedimento e tem bons resultados preliminares.

    As cirurgias são indicadas para quem não responde aos tratamentos como fisioterapia, acupuntura e remédios, o que equivale de 5% a 8% dos que têm hérnia de disco.

    Fonte: Folha.com

    sábado, 24 de julho de 2010

    FÉRIAS SIM, MAS COM POUCO PESO!!

    Dicas de cuidados com a obesidade infantil durante as férias escolares

    O mês de julho chegou, a garotada já está de férias e, se estiverem acima do peso, ou mesmo obesas, uma das preocupações neste período é como evitar que eles ganhem alguns quilos nestas semanas marcadas pela ausência de rotina.

    Um problema a mais para você que é mãe e, evidentemente, se preocupa com a saúde da criançada.

    A responsável pelo Departamento de Obesidade Infantil da ABESO, Dra. Lilian Zaboto, lembra que “a quebra da rotina diária faz com que as crianças acordem mais tarde, passem mais tempo em frente à TV, computadores e videogames e fiquem mais horas do dia sem atividades físicas, tornando-os mais sedentários”.

    A especialista comenta que “muitas vezes os pais não entram em férias e as crianças são obrigadas a ficar em casa o dia inteiro longe das atividades normais do dia a dia. Se viajam, a alimentação também é modificada, ainda que realizem mais atividade física”.

    Logo, é preciso estar atento aos alimentos que serão oferecidos aos pequenos enquanto estiverem fora de casa.

    Para facilitar a vida de todos, a Dra Lilian Zaboto dá algumas dicas para as férias do seu filho.

    1. Mantenha o hábito de acordá-lo cedo e alimentá-lo nos horários de rotina.

    2. Não permita que pule refeições e cuidado com as guloseimas nos intervalos das mesmas.

    3. Faça com que frequente escolas com cursos de férias ou participe de acampamentos de férias.

    4. Escolha hotéis ou colônias com atividades e instrutores direcionados para crianças.

    5. Evite destinos muito favoráveis à gastronomia, como serra, fazenda etc.

    6. Evite passeios a restaurantes e/ou lanchonetes.

    7. Prefira parques ou praia a cinemas ou museu.

    8. Incentive seu filho a andar de bicicleta, soltar pipas, correr, curtir a natureza.

    9. Tente estimulá-lo a trocar o computador e o videogame pelas brincadeiras de rua.

    10. Viajar para a Disneyworld é uma boa opção, mas não se esqueça de evitar as fastfoods. Quanto menos, melhor.

    Fonte: Abeso.org.br

    sexta-feira, 23 de julho de 2010

    MORREM OITO ANOS MAIS CEDO!!


    Trabalho dinamarquês foi divulgado durante congresso na Suécia. Pesquisa considera pessoas a partir de 20 anos de idade.


    Estudo divulgado em congresso internacional sobre obesidade em Estocolmo, na Suécia, afirma que obesos morrem, em média, oito anos antes em comparação com pessoas da mesma faixa etária sem distúrbios alimentares.

    A pesquisa foi feita por uma equipe de dinamarqueses do Hospital Universitário de Copenhague, com 5.000 recrutas entre 20 e 80 anos.

    Dois mil deles eram obesos no início dos trabalhos. O estudo aponta que a tendência a engordar começa antes dos 20 anos.

    A partir desse patamar, a probabilidade de desenvolver obesidade diminui, conforme aponta o estudo.

    Segundo os cientistas, o risco de morte prematura aumenta 10% a cada unidade acima do patamar de 25 pontos do Índice de Massa Corporal (IMC), estabelecido como limite para peso normal.

    O valor leva em conta a massa de um indivíduo em função da altura para determinar a taxa de gordura.

    "Com 70 anos, 70% dos homens do grupo com massa normal e 50% das pessoas obesas da pesquisa estariam vivos e nós estimamos que, a partir da meia-idade, as pessoas acima do peso morreriam oito anos antes na comparação", explica Esther Zimmermann, médico e coordenador do estudo.

    Mesmo sem considerar mulheres, os pesquisadores do Instituto de Medicina Preventiva do Hospital, setor responsável pelo trabalho, acreditam que os dados corroborem estudos anteriores com o gênero.

    Fonte: G1

    quinta-feira, 22 de julho de 2010

    MENOS DOCE E MAIS SAÚDE!!

    Açúcar em excesso eleva pressão arterial

    Um estudo sugere que alimentos com alto teor de açúcar adicionado podem aumentar o risco de pressão alta.

    Pesquisadores analisaram dados para 4.538 adultos sem histórico de hipertensão que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, nos EUA, de 2003 a 2006.

    Aqueles que consumiram pelo menos 73,7 g por dia de frutose na forma de açúcar ou xarope de milho com alto teor de frutose tiveram o dobro do risco de apresentar pressão sistólica mais alta que 16.

    A pressão sistólica é o número que fica acima na medição, que significa a pressão sanguínea quando o coração está bombeando.

    O ideal é que não fique acima de 12.

    "A pressão sistólica é o que realmente interessa aos médicos, porque está relacionada a consequências, e seu aumento pode ser dramático", disse Michel Chonchol, professor de medicina da Universidade do Colorado, em Denver, e principal autor do artigo, publicado no "The Journal of the American Society of Nephrology".

    Mas Chonchol alertou que mais pesquisas são necessárias para provar que o açúcar desempenhou um papel causal sobre a hipertensão.

    "Isso precisa ser provado com o próximo passo, que é um teste controlado randomizado."

    A Associação Americana do Coração recomenda limitar a quantidade de alimentos e bebidas com açúcar adicionado.

    Numa declaração do ano passado, a associação disse que "evidências emergentes, porém inconclusivas" sugerem que "o aumento da ingestão de açúcar adicionado possa aumentar a pressão sanguínea".

    Fonte: Folha.com RONI CARYN RABIN DO "THE NEW YORK TIMES"

    quarta-feira, 21 de julho de 2010

    HORÁRIO IDEAL PARA HIPERTENSOS!!

    Saiba qual o melhor horário para hipertensos praticar exercícios

    Variáveis fisiológicas

    Segundo o professor Claúdio Ferreira, professor especialista em Treinamento de Força e Fisiologia do Esforço, e colunista que aborda o assunto Atividade Física e Hipertensão no Portal da Educação Física, tratando-se de hipertensos é necessário manter um controle das variáveis fisiológicas para o treinamento.

    A indicação dos horários para a realização de exercícios devem obedecer uma série de fatores, dentre eles:

    - Nos primeiros horários da manhã em um cliente hipertenso controlado, os níveis de P. A. se mantém mais baixo em relação ao decorrer do dia considerando não ter praticado exercícios;

    - No decorrer do dia este cliente normalmente é submetido a um nível maior de ansiedade e estresse podendo elevar os níveis pressóricos;

    - Devemos levar em consideração a ação da gravidade sobre o eixo crânio-caudal. No decorrer do dia vamos sofrendo a ação da mesma e está à tarde e a noite já incidiram uma maior ação sobre o corpo do cliente, podendo influenciar em uma mudança de P. A.;

    - O horário que a pessoa prefere praticar a atividade física, pois temos que levar em consideração o fator motivacional e emocional.

    O professor ainda indica que é interessante observar que o exercício físico pode ser considerado um fator primordial para a diminuição dos níveis pressóricos. Um cliente hipertenso controlado e bem orientado, qualquer horário é bom (importante) para a prática de atividades físicas. O que não pode é um hipertenso realizar exercícios sem acompanhamento orientado por um profissional de Educação Física qualificado e acompanhamento periódico do seu médico cardiologista.

    Contra indicações

    Segundo o especialista existem duas classificações para os hipertensos, quanto a possibilidade de realização da atividade física.

    A primeira é a "Contra indicação relativa", que enquadra os indivíduos com uma P. A. sistólica superior a 160mmHg ou uma P. A. diastólica acima de 100mmHg. Pessoas que apresentam este quadro precisam ser encaminhadas a um médico antes de iniciarem um programa de treinamento.

    A outra classificação seria a "Contra indicação absoluta" relacionada a P. A., que enquadra os indivíduos com P.A. sistólica acima de 250mmHg.

    Melhor atividade

    O trabalho aeróbico moderado e de longa duração é o mais eficiente na diminuição ou regularização da P. A. principalmente quando associado à redução da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987; citado por Guedes, 1995);

    Em artigo original, Farinatti observou a F. C., a P. A. S., a P. A. D. e o D.P. durante exercícios dinâmicos contra-resistência e aeróbios em intensidade moderada, em 18 indivíduos, com idades variando entre 23 e mais + ou – 6anos.

    Realizaram teste de força de 1Rm, 6RM e 20RM(Cad. est.) = um exercício aeróbio submáximo (cicloergômetro, 20’ utilizando de 75% a 80% da F. C. R.). Conclusão: exercício de força, independente da intensidade, impõe menor solicitação cardíaca que at. Física. Aeróbia.

    O duplo-produto em exercícios de força associa-se mais as repetições do que à carga, e exercícios aeróbios, a intensidade revela-se mais importante que a duração da atividade.

    Outros dados interessantes sobre o tema

    Diversos artigos comprovam que logo após a prática de exercícios contra resistência e por um período significativo após a prática, a P. A. Sistólica se mantém com índices abaixo dos encontrados antes da prática dos referidos exercícios. Podendo auxiliar de forma significativa que esses índices baixem e se mantenham com a prática de exercícios regulares.

    A prática de exercício aeróbio regular demonstrou ser uma ferramenta poderosa tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão arterial. Em estudo conduzido pela Drª Patricia Rueckert, da University of Wisconsin Medical School, com 18 pacientes hipertensos: utilizou caminhada acelerada sobre esteira ergométrica, diminuindo a P. A. Abaixo dos níveis de repouso por pelo menos 2 horas de recuperação (a redução aguda da P. A. foi relacionada com a dilatação e o relaxamento dos vasos sanguíneos).

    O ACMS estabeleceu que a redução efetiva da pressão arterial pode ser atingida com exercícios aeróbicos de intensidade moderada realizados 3 a 5 x por semana e com sessões de 20 a 60’.

    por Robson Alves Maciel

    Fonte: Portal da Educação Física

    terça-feira, 20 de julho de 2010

    FUNCIONAL PARA O DIA A DIA!!


    Ginástica funcional promete preparar corpo para funções do dia a dia

    Pegar algo pesado no chão, brincar com as crianças ou empurrar um armário são atividades banais que, para os pouco preparados, podem gerar um nervo pinçado ou uma dor nas costas.

    Preparar o corpo para funções do dia a dia é o que promete a chamada ginástica funcional, que está cada vez mais popular, dentro e fora das academias. Mas será que funciona para tudo e todos?

    "O treino funcional une exercícios da preparação física de vários esportes e o trabalho de reabilitação do corpo, sempre pensando em atender as necessidades de cada indivíduo", diz Luciano DElia, diretor técnico do Core360, projeto de capacitação de treinamento funcional.

    LIMITAÇÕES

    O primeiro passo, segundo ele, é uma avaliação física para saber as limitações do aluno e seus objetivos.

    "Às vezes o aluno quer perder peso, mas antes é preciso identificar suas necessidades reais que, quando atendidas, darão a base para a realização do objetivo final", afirma DElia.

    Essas necessidades podem ser desde realinhamento postural até preparo para um futebol de fim de semana.

    Os treinos incluem movimentos similares aos que são feitos no cotidiano, como corrida, trote, saltos e atos de puxar e arrastar. E, de acordo com seus entusiastas, sempre levam em conta a idade e a condição física da pessoa.

    "Uma aula nunca é igual à outra. Exercícios variados deixam o treino mais interessante, para o aluno não desistir", diz Edson Ramalho, preparador graduado em educação física e mestrando em ortopedia na Unicamp.

    Uma coisa a ginástica funcional é: lúdica. Envolve bolas, molas, elásticos, barras e pranchas de estabilidade.

    Com esses acessórios criam-se desafios como pegar uma bola, puxar um elástico, saltar lateralmente e fazer ações cotidianas com um pé só ou olhos vendados.

    "Tiramos o aluno da zona de conforto. Ele é forçado a trabalhar o corpo de forma inteligente", diz Ramalho. Esses estímulos, afirma, melhoram o equilíbrio e a resistência e fazem perder peso.

    PREVENÇÃO

    "Não se pode descartar a melhora na aparência física, já que muitas vezes é o que faz com que o aluno procure o treino", diz DElia.

    Quem quer músculos bombados, no entanto, não vai encontrá-los nesse tipo de ginástica.

    Luiz Fernando Alves, treinador da clínica Força Dinâmica e professor de educação física especializado em prevenção de lesões, lembra que os exercícios propostos pelo treinamento funcional têm grandes amplitudes e, em geral, são executados de maneira muito rápida.

    "Esses fatores podem dificultar a coordenação e o alinhamento, aumentando o risco de lesões articulares".

    Segundo ele, o trabalho com bases instáveis, como agachamentos e flexões utilizando bolas ou pranchas de equilíbrio exigem uma atenção redobrada do treinador.

    "Nessas situações, a instabilidade das articulações é maior, os exercícios devem ser feitos devagar e com pouca amplitude. Do contrário, a chance de lesão é muito grande", alerta.

    Fonte: Folha.com

    segunda-feira, 19 de julho de 2010

    CAMINHAR É PRECISO!!

    Caminhar devagar não ajuda no controle de peso, diz Harvard
    p
    Andar de bicicleta pode ajudar as mulheres na faixa dos 30 e 40 anos a controlar seu peso, de acordo com um novo estudo.

    Caminhar rápido tem o mesmo efeito para mulheres magras, acima do peso e obesas, descobriram os pesquisadores, mas caminhar devagar, não.


    As descobertas se baseiam no segundo Estudo de Saúde das Enfermeiras, de Harvard, que monitora 116.608 enfermeiras que periodicamente preenchem questionários sobre saúde, peso, dieta e comportamento.

    A nova análise, publicada na edição de 28 de junho do Archives of Internal Medicin, observou mudança de peso e conhecimento de 1989 (quando as enfermeiras tinham entre 25 e 42 anos) a 2005; para isolar os efeitos do exercício, os pesquisadores controlaram outros fatores de risco de obesidade.

    Eles descobriram que as mulheres que aumentaram atividades físicas como caminhada rápida e andar de bicicleta em 30 minutos por dia durante o período de 16 anos mantiveram seu peso e até perderam alguns quilos, mas aquelas cujo exercício era caminhada lenta não perderam nenhum peso.

    As mulheres que reduziram seu tempo de bicicleta de mais de 15 minutos por dia para menos de 15 minutos ganharam cerca de 2kg, em média.

    "Não estamos sugerindo que, se você fizer bicicleta durante cinco minutos, imediatamente voltará ao peso que tinha quando tinha 18 anos", disse Anne C. Lusk, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e autora do artigo.

    "Se fosse verdade, as vendas de bicicletas explodiriam. Mas é altamente sugestivo que andar de bicicleta traz muito benefício às mulheres".

    Fonte: Portal Terra por RONI CARYN RABIN - The New York Times

    domingo, 18 de julho de 2010

    CUIDADOS BÁSICOS PARA DOR NO QUADRIL!!


    Dor no quadril em mulheres, possíveis causas e tratamentos

    Este artigo é especialmente dedicado as mulheres, pois são elas que lideram as estatísticas de queixas de dor no quadril.

    A proporção é de 4 mulheres para 1 homem e a bursite trocantérica È a causa mais comum destas queixas.


    A bursite trocantérica é conhecida como uma dor crônica na lateral do quadril, caracterizada por uma inflamação da bursa, uma pequena bolsa, cheia de liquido, encontrada em várias articulações do corpo como ombro e quadril, com a função de "amortecedor" e de diminuir o atrito entre estruturas ao redor da articulação durante o movimento.

    A articulação do quadril é extremamente complexa (possui 32 músculos), que é submetida a grandes forças durante a atividade física, tanto para estabilização como para movimentação. Na literatura é descrito que durante uma caminhada lenta, esta articulação recebe 1,6 vezes o peso do corpo, e na corrida aumenta para 5 vezes em cada apoio do pé no chão.

    Esta carga é resultante de várias forças distintas que o quadril recebe durante a atividade, entre elas a força de impacto do calcanhar, força de reação do solo e força dos músculos sobre a articulação.


    ONDE SE LOCALIZAM AS BURSAS DO QUADRIL?


    Na articulação do quadril existem de 14 a 21 bursas, mas a inflamação da bursa trocantérica é a causa mais comum de dor.

    A bursite se dá quando ocorre a inflamação da bursa, no caso da trocantérica, localizada no quadril, mais especificamente próxima a uma proeminência do fêmur, o trocanter maior.

    Nesta região se insere o músculo glúteo médio, responsável em estabilizar a bacia, evitando sua "queda" quando a descarga de peso ocorre apenas em um membro inferior, como ao damos um passo.


    O músculo médio não é o único responsável pela estabilização do quadril, já que, junto com ele, uma estrutura fibrosa muito forte, localizada na região lateral do quadril, faz este trabalho: a fáscia-lata.

    Entre o glúleto médio e a fascina -lata esta a bursa trocantérica, evitando o atrito excessivo entre eles.
    Logo abaixo do trocanter maior insere-se o músculo glúteo máximo, um potente extensor do quadril, isto é, leva o membro inferior pra trás.

    Durante a caminhada e principalmente durante a corrida, este tendão empurra a bursa contra o trocanter maior repetidamente, aumentando sua pressão levando assim a uma maior predisposição à irritação e consequente inflamação.


    A mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos de idade. A corrida, principalmente de longa distância como a maratona, assim como o ciclismo, o futebol e alguns exercícios de musculação são práticas esportivas que tendem a desencadear o quadro, pois são atividades de esforço repetitivo que podem causar micro-traumas de repetição, ou lesões por overuse.

    O trauma direto causado por uma queda sobre o trocanter maior ou pancada na região também pode desencadear a bursite de forma súbita, devido à hemorragia na bursa, aumento do volume e consequentemente aumento do atrito.

    Mas, pesquisas revelam que em 8% dos casos de bursite trocantérica as causas são desconhecidas.


    QUAIS SÃO OS SINTOMAS?


    A dor localizada na região lateral do quadril é o principal sintoma, no início ocorrendo apenas na corrida e ao subir escadas, e em alguns casos na caminhada.

    Com a progressão do quadro, a dor pode ocorrer também ao repouso e com irradiação para a coxa. Algumas pessoas se queixam de dor quando tentam cruzar as pernas na posição sentada ou ainda quando deitam sobre o lado afetado.

    A piora da dor é lenta ou abrupta de acordo com a atividade praticada.
    Ao exame clínico do atleta pode referir dor à palpação na região lateral do quadril; na maioria das vezes essa dor é localizada, mas em 25 a 30 % dos casos a dor irradia para a lateral da coxa.

    É observado também o aumento da temperatura no local da inflamação.

    O movimento não fica limitado, porém é doloroso em situações como a flexão do quadril, abdução (elevar a perna lateralmente) e rotação interna (girar a perna para dentro).


    EXISTEM FATORES DE RISCO?


    Sim, e muitos deles podem ser evitados ou minimizados. São eles: encurtamento da fáscia-lata e do músculo glúteo médio, diferença de comprimento entre os membros inferiores, pé supinado e alteração pré-existente em coluna vertebral como artrose, escoliose e hiperlordose.

    Em casos de atletas que apresentam diferença de comprimento de membros inferiores, a correção pode ser feita utilizando palmilhas ou tênis adaptados, porém essa adaptação deve ser feita apenas com a indicação de um profissional de saúde, pois o uso inadequado pode agravar o problema.

    Geralmente, usa-se adaptaÁıes apenas em diferenças de comprimentos de membros acima de 1 cm.


    COMO DIAGNOSTICAR A BURSITE TROCANTÉRICA?

    A investigação começa por uma história clínica detalhada dos sintomas e da prática esportiva realizada.

    É importante relatar ao médico deformidades ou cirurgias já realizadas no quadril e também na coluna, mesmo que tratadas na infância, pois qualquer alteração desta natureza pode alterar a biomecânica (funcionamento adequado) do quadril, levando a alterações na atuação muscular e causando assim atrito anormal na bursa.

    Serão mensurados também os comprimentos dos membros inferiores, a flexibilidade e força muscular dos músculos envolvidos.


    O diagnóstico é praticamente clínico, exames de imagem como ultra-som, raio-x ou ressonância magnética são utilizados apenas para descartar problemas de outra natureza, como tumores ou processos articulares degenerativos.


    TRATAMENTO:


    O tratamento é clínico, na sua grande maioria, sendo raros os casos com indicação cirúrgica. O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo o equilíbrio muscular, a diminuição da dor e da inflamação.

    O fisioterapeuta fará uma avaliação criteriosa para detectar quais são os grupos musculares fracos, tensos e encurtados; além disso, uma avaliação da marcha (modo de andar), da postura e de tratar um tratamento global.


    Para a articulação do quadril, os exercícios enfocam, de uma maneira geral, o alongamento muscular de glúteos, laterais do quadril e tensor da fáscia-lata, o fortalecimento de adutores do quadril (músculos internos da coxa e quadril) e o relaxamento do músculo tensor da fáscia-lata e da própria fáscia lata. Além de recursos antiinflamatórios e analgésicos como a eletroanalgesia (TENS), laser, ultra-som, ondas curtas e a crioterapia.

    Outro recurso utilizado é a infiltração, onde o médico aplica um fármaco no local da inflamação para diminuir os sintomas e o processo inflamatório. Essa técnica será realizada a critério do médico.


    PARA PREVENIR
    :


    O treino consciente é sempre a melhor prevenção de lesões de um atleta. O bom preparo fisco, respeito aos limites pessoais e o equilíbrio muscular adequado são fundamentais para que a atividade seja praticada de maneira saudável.


    Se tiver um treinador, procure informá-lo sobre qualquer sintoma de dor ao movimento ou à palpação na região lateral do quadril.

    Apresente também o seu histórico de lesões, quedas, traumas, cirurgias e dores de qualquer natureza, para que ele possa planejar o seu treino, adotando as precauções necessárias.


    Qualquer lesão tratada no início tem maior chance de cura, menor tempo de tratamento e permite que o atleta possa voltar a sua atividade com segurança.

    Fonte: Portal da Educação Física

    sábado, 17 de julho de 2010

    DOENTES CRÔNICOS PODEM TREINAR??


    Prática de atividades físicas com apoio especializado dá resultado em menos tempo


    A prática regular de exercícios é universalmente recomendada como um fator de saúde. Essa é a regra, mas determinadas pessoas portadores de doenças como diabetes, osteoporose e hipertensão precisam tomar uma série de cuidados antes de mergulhar de cabeça na malhação. Nesses casos, um acompanhamento personalizado é o mais indicado.

    Para o fisioterapeuta Márcio Oliveira, atividades desenvolvidas com base nas patologias específicas dos praticantes têm mais chances de diminuir os sintomas da enfermidade e até de curá-la.

    – Além disso, essa conduta não permitirá que o exercício provoque ou agrave uma patologia existente – pondera.

    Segundo o especialista, a ciência permite aos profissionais da área desenvolver exercícios estratégicos em curto, médio e longo prazo para determinadas enfermidades e perfis de praticante.

    – Podemos usufruir ao máximo das qualidades físicas desses indivíduos, sem que eles sejam prejudicados – diz Márcio Oliveira.

    De acordo com Oliveira, a comunicação entre os diferentes profissionais envolvidos no processo de tratamento do aluno é importante:

    – Não há como obter resultados satisfatórios com esses indivíduos sem que haja uma atuação multidisciplinar, que envolve não apenas médicos e professores de educação física, mas fisioterapeutas, nutricionistas e, muitas vezes, psicólogos.

    EXERCÍCIOS PELA CURA

    Hipertensão


    :: Atividade aeróbica, fundamental na maioria dos dias da semana, com a duração de 20 a 60 minutos. Cuidados com a intensidade e com a frequência cardíaca também são importantes. Elas só devem ser prescritas após um teste ergométrico, feito por um cardiologista.

    Asma


    :: Aquecimento de 10 a 15 minutos. A intenção é fortalecer músculos paravertebrais (no pescoço) e abdominais, ombros e cintura escapular, fundamentais na manutenção da postura e diminuição da dispneia (falta de ar).

    Câncer


    :: Adequar a frequência de treinamento às sessões de tratamento que, em geral, levam a pessoa à fadiga e à baixa aderência. O melhor é treinar em baixa intensidade e volume, sempre que necessário.

    Diabetes


    :: Antes de tudo, é preciso ter por perto um glicosímetro, para medir as taxas de glicose no sangue. É necessário dar ênfase em exercícios aeróbios, com a duração de 20 a 60 minutos. Para os grandes grupos musculares, os exercícios de força são os mais recomendados.

    Lombalgia


    :: O controle de peso/emagrecimento é fundamental. As atividades profissionais e do dia a dia devem ser melhoradas para que a coluna seja preservada. Os exercícios mais indicados são os de alongamento e de musculação, com ênfase na musculatura do tronco e glúteos.

    Dislipidemia


    :: Treinamento aeróbio de longa duração, de 30 a 60 minutos, alternando a intensidade de 3 a 5 vezes por semana. O controle alimentar, paralelo às atividades, é fundamental.

    Fibromialgia


    :: Atividade física de baixa intensidade, com ênfase em aeróbios e alongamentos. Evita-se os pontos dolorosos. Os exercícios são individuais, de acordo com a resposta do corpo do aluno.

    Osteoartrite


    :: Musculação e alongamentos realizados na amplitude de movimento sem dores. As atividades de impacto, como esportes e corridas, devem ser evitados pela maioria das pessoas.

    Osteoporose

    :: Atividades de impacto ou que impõem grandes sobrecarga aos ossos de modo rápido, como corrida, saltos e musculação. É preciso ter cuidado com praticantes da terceira idade.
    Varizes


    :: Evita-se exercícios como corridas e saltos, assim como os isométricos ou estáticos. Além disso, não se pode explorar o bloqueio respiratório na fase ativa do movimento.

    Hérnia discal


    :: Fortalecer a musculatura central do corpo como a abdominal, as costas e as paravertebais. A musculação e os alongamentos são os mais indicados.

    da Academia A! Body Tech

    Fonte: Clicrbs.com.br

    sexta-feira, 16 de julho de 2010

    BELA IDADE PARA TREINAR!!

    Benefícios da prática de esportes depois dos 50 anos

    Mais idade, mais corrida, mais saúde

    A expectativa de vida vem aumentando e pessoas mais velhas descobrem, cada vez mais, os benefícios da prática de esportes, principalmente da corrida, para garantir a qualidade de vida

    Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os brasileiros estão vivendo mais. A expectativa de vida é de 68 anos e, em 2020, estima-se que sejam 30 milhões de pessoas com mais de 65 anos, 13% da população.

    Esse crescimento traz, junto, a preocupação em manter saúde e qualidade de vida em qualquer idade.

    Segundo o Institute for Social and Economic Research Essex University, os jovens gastam menos tempo com atividades físicas que os mais idosos.

    Britânicos entre oito e 19 anos gastam 25 minutos diários a menos com exercícios em relação aos com mais de 65 anos, e enquanto apenas 12% dos mais velhos são inativos, 22% dos jovens entre oito e 35 anos não fazem mais do que dez minutos de exercício por dia.

    “A atividade física não reverte o envelhecimento, mas o desacelera”, diz Rosemary Rauchbach, mestre em atividades físicas pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria.

    Com o tempo, as mudanças

    Com os anos, uma série de alterações fisiológicas modificam o funcionamento do corpo. A principal é a perda da força muscular, que primeiro se dá na perna (quadríceps).

    Além das perdas estruturais, de tamanho e diâmetro de fibras, os músculos perdem conexão com o sistema nervoso e vascular, deixando-os inativos.

    Com os músculos, perde-se também a capacidade aeróbia (uma caminhada, por exemplo, torna-se anaeróbia, sem metabolismo de oxigênio, e é preciso parar para descansar várias vezes).

    Importante para o funcionamento muscular, o tecido conjuntivo também sofre. “Tudo que é formado por ele [cartilagens e tendões] perde elasticidade, fica mais rígido e menos fluído, dificultando o supor te de impactos”, explica Rosemary.

    Lucas Samuel Tessutti, mestre em biologia funcional e molecular pela Unicamp (Universidade de Campinas) e doutorando do LABEX (Laboratório de Bioquímica do Exercício) na mesma universidade diz que, com a idade, diminui a capacidade neuromuscular, cardiovascular e endócrina.

    Nas mulheres, a redução da produção de estrógeno com a menor produção dos hormônios LH
    (luteinizante) e folículo-estimulante (FSH) ainda traz outros problemas.

    “Aos 48 anos, tinha osteoporose avançada e a recomendação de caminhar. Os resultados eram lentos e decidi acelerar os passos e correr. Curei a doença e guardo com carinho o último exame. A corrida me trouxe saúde, amigos e admiração”, diz Luzia Paduim Silva, 60.

    Comece já!

    Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, o sedentarismo, associado a uma dieta inadequada, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, que matam 300 mil pessoas por ano no país.

    Para Sérgio Perez, doutor em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e membro do laboratório de fisiologia do exercício da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), parte das doenças crônico-degenerativas (como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial e artrose) estão relacionadas aos prejuízos circulatórios.

    Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Estadual da Califórnia acompanharam 91 corredores entre 50 e 60 anos para analisar se a corrida influenciava a redução de fatores de risco para contrair doenças cardiovasculares.

    A conclusão é que, durante o treinamento, os valores de pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicose sanguínea são inferiores (e superiores para os níveis de HDL, o bom colesterol) em comparação aos valores de indivíduos sedentários da mesma idade.

    Por isso, não importa a idade, é hora de calçar o tênis e correr. Prova disto é que recentemente o canadense Ed Whitlock, aos 73 anos, fez 2h54min48s em uma maratona, tornando-se o primeiro homem com mais de 70 anos a finalizar os 42 km em menos de três horas.

    Matéria da revista Sports Medicine mostrou os resultados de uma pesquisa realizada com atletas de alto nível depois que deixaram as pistas,e verificou que a perda da capacidade cardiovascular (consumo máximo de oxigênio – VO2 Máx) é maior para os que pararam de treinar.

    A cada década o declínio da capacidade cardiovascular é de 0,5% para indivíduos treinados, 1% para indivíduos moderadamente treinados e 1,5% para indivíduos não-treinados. Ou seja, a perda cardiovascular é três vezes maior para aqueles que se tornaram sedentários.

    “A capacidade oxidativa (aumento do tamanho e no número de mitocôndrias – produtoras de energia, aumento do tamanho e da quantidade de capilares sanguíneos e do número de fibras lentas) tende a ser menor com o envelhecimento, mas permanece mais alta após um período de treinamento”, explica Tessuti.

    Além da saúde, a corrida traz ainda o benefício estético. “O envelhecimento da pele é causado pela diminuição da produção do colágeno”, explica Christiana Moron, mestre em dermatologia pela USP, membro da Academia Americana de Dermatologia e do Instituto Vita. Mas a atividade física regular e de intensidade moderada ativa a circulação sanguínea e estimula a produção de colágeno, minimizando o processo.

    Fonte: O2 por Minuto

    quinta-feira, 15 de julho de 2010

    MUSCULAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA CONHÇA OS RISCOS



    Médicos alertam que, quando iniciada cedo demais, a atividade pode trazer sérios danos ao desenvolvimento

    O interesse dos adolescentes pela musculação tem se manifestado cada vez mais cedo. Não é mais novidade o filho de 12 anos chegar em casa pedindo aos pais para entrar na academia. A malhação tornou-se uma atividade física popular, que alimenta os sonhos de tornar corpos esguios em corpos sarados.

    O pedido, porém, faz muitos pais tremerem diante de um turbilhão de dúvidas. Afinal, a musculação pode ser feita na adolescência? Ela atrapalha o crescimento? Leva à atrofia dos músculos? Não seria melhor continuar na velha e boa escolinha de futebol, fazendo vôlei ou natação?

    Até pouco tempo atrás, os especialistas seriam unânimes em proibir a musculação durante a puberdade.

    Os hebiatras – médicos especializados em adolescentes –, todavia, têm substituído a proibição por uma recomendação: a de ter cuidado com a quantidade de peso usada nos exercícios e acompanhar o que o filho faz na academia.

    “A musculação pode sim ser feita na adolescência, desde que bem supervisionada e sem a intenção de ganhar musculatura”, afirma Ricardo Barros, coordenador do grupo de medicina esportiva da Sociedade Brasileira de Pediatria.

    Mas, se não é para ganhar músculos, para que serve a musculação nessa fase? Assim como outras atividades, ela evita o sedentarismo, melhora o condicionamento cardiovascular, a flexibilidade e as habilidades motoras.

    Aumentar a massa muscular, no entanto, só pode se tornar objetivo após o pico do estirão do crescimento, quando o corpo deixa para trás as feições infantis e ganha as características adultas. Nas meninas, ele costuma ocorrer entre 12 e 14 anos.

    Nos meninos, entre 14 e 16 anos. “Antes disso, o menino, por exemplo, não possui nem testosterona suficiente para ganhar massa muscular”, diz Barros. A testosterona é o hormônio responsável pelas características masculinas.

    O risco de começar a fazer musculação antes do auge do estirão, com o objetivo de ganho de músculos – o que implica uso de cargas pesadas –, é de um sério prejuízo ao crescimento e de ocorrer danos à coluna (leia mais no quadro à pág. 118).

    “É preciso ter em mente que a musculação não é proibida, mas deve ser feita dentro dos limites dos adolescentes, diferentes dos limites dos adultos”, explica Paulo Zogaib, professor de medicina esportiva da Universidade Federal de São Paulo.

    “Não se pode impor grandes sobrecargas de peso a estruturas que ainda não estão completamente maturadas”, diz.

    Por isso é importante escolher bem o lugar para a prática. Algumas academias oferecem treinos para quem tem entre 10 e 16 anos.

    Eles são baseados em exercícios simples, de menor intensidade e sem carga ou com pesos mínimos. Segundo os especialistas, o peso máximo a ser usado na musculação para os mais novos não deve ultrapassar cinco quilos.

    Segurar os anseios dos adolescentes também é fundamental e deve ser prioridade do profissional responsável pelo jovem.

    “Quando comecei, pensava em ficar forte. Mas meu professor falou que ainda não era hora e que o melhor era priorizar os exercícios de resistência”, conta Lincoln Pereira Pasitto, 14 anos, há cinco meses fazendo mus­culação.

    Não é só a musculação, porém, que, feita de maneira errada, representa riscos ao desenvolvimento. “A sobrecarga de exercícios pode acontecer até mesmo nas escolinhas de esportes”, diz o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

    Por essa razão, os pais precisam estar atentos aos filhos. “Se o adolescente começa a demonstrar muito cansaço, dormindo sempre que entra no carro ou mesmo em uma fila, é porque tem algo errado e isso pode ser excesso de atividade física”, explica Lima.

    Atenção redobrada deve ser tomada com quem treina para se tornar atleta de alto rendimento. “A tendência é de exagerar nos exercícios preparatórios para as competições”, alerta Lima.

    A recomendação é de não competir antes dos 13 anos, mas há algumas modalidades, como a ginástica olímpica, em que os campeonatos começam mais cedo, aos 9 anos.

    Como consequência, fazem-se exigências severas a corpos ainda em desenvolvimento, que pode ter como resultado a interrupção do crescimento ou, no caso das meninas, o retardamento da primeira menstruação.

    De tão delicado, o treinamento deve ser acompanhado por profissionais qualificados para que o esforço pedido ao corpo não seja excessivo. “Mesmo no caso de atletas de competição, o estirão do crescimento deve ser respeitado.

    A complementação com musculação, por exemplo, só é feita para os atletas que já passaram dessa fase”, explica Danilo Bornea, técnico de ginástica artística do Clube Pinheiros, em São Paulo. A menina Ingrid Lima Messias, 14 anos, treina desde os 5 anos, já compete, mas, obedecendo à recomendação do treinador, ainda não iniciou a prática da musculação.

    Os cuidados não podem ser entendidos como impeditivo da atividade física na puberdade. É consenso que o adolescente deve fazer exercícios, desde que sejam bem orientados. Entre os preferidos – por eles próprios e também pelos especialistas – estão os esportes coletivos.

    Além dos benefícios para o corpo, há o saudável aprendizado da convivência. Mas é fundamental que o jovem escolha a modalidade. Giulia Carvalho Oliveira, 13 anos, optou pelo vôlei há quatro anos. “Adorei e nunca mais saí”, fala.

    Só que nem sempre a criança é assim tão decidida. O mais comum é que sinta vontade de mudar após algum tempo. Essa indefinição, muitas vezes entendida pelos pais como uma incapacidade de o filho se decidir, é, na verdade, natural e saudável.

    “Quando eles fazem isso estão escolhendo o que melhor se adapta ao seu perfil e às suas habilidades”, explica o pediatra Ricardo Barros.

    por Rachel Costa

    Por que eles comem tanto


    Um estudo do Instituto Nacional de Saúde da Criança dos Estados Unidos mostrou que, sim, os adolescentes têm o apetite elevado. Mas o aumento ocorre em idades diferentes para meninos e meninas. Elas sentem mais fome entre 10 e 13 anos.

    “É uma necessidade que está de acordo com o maior desenvolvimento das garotas no começo da puberdade”, diz Jack Yanovski, que liderou o estudo. Já os meninos iniciam a fase de comilança aos 14 anos e seguem comendo muito até os 17, em média.

    Nesse período, chegam a consumir duas mil calorias em uma única refeição. É o equivalente às calorias consumidas por um adulto durante um dia inteiro. “É a fase do estirão e amadurecimento sexual dos meninos, em que a demanda energética aumenta”, explica o pesquisador.

    É exatamente o que está acontecendo com Pedro Daud, 15 anos, de São Paulo. “Repito o prato mais de uma vez. Às vezes tento esquecer a fome fazendo outra coisa”, conta. Os pais devem observar a evolução do ganho de peso durante o período do estirão, para evitar o desenvolvimento da obesidade.

    “Estudos sugerem que garotos com sobrepeso nessa fase têm maiores chances de serem adultos obesos”, diz Yanovski.

    De toda forma, há nutrientes indispensáveis na dieta dos jovens. “Dos 8 aos 12 anos, não podem faltar à mesa alimentos que sejam fontes de ferro, para prevenir anemia.

    Alguns exemplos são as carnes vermelhas, o feijão e o agrião”, diz a nutricionista Cynthia Antonaccio, da Consultoria Nutricional Equilibrium, de São Paulo. Leite e derivados precisam ter lugar garantido para fornecer o cálcio que irá para os ossos. A vitamina A (presente em vegetais amarelos) para a manutenção da visão também é importante.

    Fonte: Isto é - Independente - por Mônica Tarantino

    quarta-feira, 14 de julho de 2010

    PRESENÇA DA NATUREZA


    Contato com a natureza aumenta sensação de vitalidade

    Natureza saudável


    Ficar em contato com a natureza faz com que as pessoas se sintam mais vivas.

    E essa sensação de aumento da vitalidade está além dos efeitos energizantes da atividade física e de interação social, que são frequentemente associados com os passeios ao ar livre.

    Esta é a principal conclusão de uma série de estudos publicados na edição de junho da revista científica Journal of Environmental Psychology.

    Combustível para a alma

    "A natureza é combustível para a alma," afirma Richard Ryan, professor de psicologia da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. "Na maioria das vezes, quando nos sentimos esgotados procuramos por uma xícara de café, mas as pesquisas sugerem que uma forma melhor de se manter energizado é conectar-se com a natureza."

    Os resultados, acrescenta Ryan, são importantes tanto para a saúde física quanto para a saúde mental.

    "As pesquisas mostram que pessoas com um maior senso de vitalidade não apenas têm mais energia para as coisas que querem fazer, como também são mais resistentes a doenças físicas. Um dos caminhos para uma saúde melhor pode ser para passar mais tempo em ambientes naturais," diz ele.

    Natureza e bem-estar

    Nos últimos anos, numerosos estudos de psicologia experimental descobriram ligações entre o contato com a natureza e o aumento da energia e da sensação de bem-estar.

    Por exemplo, pesquisas já mostraram que as pessoas que fazem excursões ao ar livre relatam sentirem-se mais vivas e que apenas a lembrança das experiências ao ar livre aumenta os sentimentos de felicidade e de saúde.

    Outros estudos sugerem que estar em contato com a natureza ajuda a afastar os sentimentos de esgotamento e que 90 por cento das pessoas relatam um aumento de energia quando colocadas em atividades ao ar livre.

    Efeitos da natureza

    A novidade da pesquisa atual, escrevem os autores em seu artigo, é que eles testaram cuidadosamente se esta maior vitalidade associada com a natureza é simplesmente resultado de um "transbordamento" do sentir-se bem gerado pela atividade física e pelo contato com outras pessoas, uma mistura quase sempre presente nessas situações.

    Para isolar os efeitos da própria natureza, os autores conduziram cinco experimentos em separado, envolvendo 537 estudantes universitários em contextos reais e imaginados.

    Em um experimento, os participantes fizeram uma caminhada de 15 minutos através de corredores no interior de um prédio, ou em um trajeto arborizado ao longo de um rio. Em outro, os estudantes viram cenas fotográficas de edifícios ou de paisagens. Um terceiro experimento exigia que os estudantes se imaginassem em uma variedade de situações ativas e sedentárias, ao ar livre ou dentro de casa, sozinhos ou na companhia de outras pessoas.

    Dois experimentos finais monitoraram o humor dos participantes e os níveis de energia durante todo o dia, usando narrativas feitas em um diário. Ao longo de duas semanas, os alunos registraram seus exercícios, as interações sociais, o tempo gasto junto à natureza e a exposição a ambientes externos.

    Bem-estar causado pela natureza

    Em todas as metodologias, os participantes sempre se sentiram mais energizados quando passaram um tempo em ambientes naturais ou imaginaram-se em tais situações.

    Os resultados foram particularmente robustos, observa Ryan - estar em contato com a natureza por apenas 20 minutos em um dia foi suficiente para elevar significativamente os níveis de vitalidade.

    A presença da natureza teve um efeito de energização acima de simplesmente estar fora de um prédio ou de uma casa. Em outras palavras, concluem os autores, estar ao ar livre é vitalizante sobretudo por causa da presença da natureza.

    Fonte: Diário da Saúde - por Susan Hagen

    terça-feira, 13 de julho de 2010

    PERÍMETRO CERVICAL X IMC


    Pesquisa contesta validade do IMC e indica uso do perímetro cervical



    Nova pesquisa indica que o perímetro cervical é bem mais preciso que o popular IMC para detectar obesidade e suas complicações.

    A medida do perímetro do pescoço está ajudando médicos a prever risco de obesidade, apneia do sono e hipertensão tanto em adultos quanto em crianças. Um trabalho publicado nesta semana na revista "Pediatrics" comprovou a ligação entre um pescoço mais largo e ocorrência de complicações por excesso de peso.


    Para chegar ao resultado, os pesquisadores tomaram medidas de altura, peso, perímetro de cintura e de pescoço de mais de mil crianças e adolescentes nos EUA.


    Com base nesses dados, foram estabelecidas medidas-limite para separar crianças com mais ou menos risco de problemas ligados ao excesso de peso.


    Assim, um menino de dez anos com mais de 32 cm de pescoço tem 15 vezes mais chance de ter problemas. Os médicos argumentam que a medida do pescoço é mais precisa que o conhecido Índice de Massa Corporal (IMC), usado para classificar peso normal, soprepeso e obesidade.


    A medida do pescoço já é usada para detectar gordura visceral em adultos, lembra Marcio Mancini, chefe da liga de obesidade infantil do HC. "É a gordura que você não vê, ou é subestimada. A barriguinha do chope, da prosperidade", diz o endocrinologista.


    Muitos adultos com alto índice dessa gordura são homens com pernas finas, que parecem magros. "Eles podem precisar mais de tratamento do que quem tem gordura em outros lugares."


    A apneia -pausas na respiração durante o sono- também está ligada ao pescoço mais grosso, com gordura que comprime a faringe e dificulta a passagem do ar.

    Coisa que também leva à hipertensão à noite, que pode persistir no dia seguinte.


    A pressão alta foi observada também nas crianças avaliadas pelos pesquisadores.


    Cintura e Quadril


    Para Amélio Godoy Matos, professor da PUC-RJ e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a medida do pescoço é mesmo melhor do que o IMC.


    "O índice mede músculo, osso. Posso ter alguém com IMC 30 sem um grama de gordura excessiva no corpo."


    Mas as medidas da cintura e do quadril ainda são mais precisas, diz Matos. "Para quem engorda da cintura para cima, pescoço é excelente marcador", diz.


    Já se a pessoa tiver mais gordura abaixo da cintura, a relação não é tão boa.


    Ainda assim, o endocrinologista reconhece vantagens do método: "Para medir os quadris e a cintura do paciente, é preciso despi-lo".


    da Folha de S. Paulo

    domingo, 4 de julho de 2010

    UM VÍCIO ALIADO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL!


    Não é exagero dizer que atividade física vicia

    O "barato" do atleta é comum entre aqueles que fazem atividades prolongadas, como é o caso dos corredores de longa distância, e é descrito como uma sensação de euforia, bem estar, e alteração da percepção do tempo e espaço.

    Essas sensações não costumam ser descritas entre os atletas de atividades de curta duração como os velocistas e em esportes que exigem frequente mudança da demanda de força e ritmo da atividade, como é o caso do futebol, basquete, tênis, etc.

    Curiosamente, não há descrição na literatura desse "barato" entre nadadores, apesar da natação ser um esporte com ritmo regular e repetitivo como a corrida.

    Já existem evidências apontando que a corrida é especialmente associada a essa sensação de prazer, em parte por causa dos repetidos traumas na pele que promovem a liberação de substâncias que agem tanto no sistema nervoso central como no periférico.

    Até a década de 60, acreditava-se que o "barato" do atleta era decorrente do aumento dos níveis de catecolaminas, substâncias da linha da adrenalina.

    Com a descoberta da endorfina, que é como se fosse um tipo de morfina produzida pelo próprio corpo, passou-se a acreditar que todo o "barato" do atleta podia ser explicado pelo aumento dos níveis de endorfina no sangue, criando-se então um mito popular sem comprovações científicas.

    No ano de 2003, foi demonstrado que o exercício físico é capaz de ativar o sistema endocanabinóide e isso transformou radicalmente o entendimento do "barato" do atleta.

    Esse sistema é composto de receptores chamados de canabnóides, e estão distribuídos não só no cérebro e nervos periféricos, mas também no pulmão, na pele e nos músculos.

    No cérebro, seu efeito maior é o de inibição da atividade dos neurônios e a anandamida é o neurotransmissor que se liga aos receptores canabnóides do cérebro mais estudado. São nesses receptores que age o princípio ativo da maconha (tetrahidrocanabinol), e os efeitos são bem semelhantes aos da anandamida.[14]

    Já é bem reconhecido que a ativação do sistema endocanabinóide estimula o sistema de recompensa cerebral, que é ativado toda vez que fazemos algo que dá prazer e sinaliza ao cérebro que vale a pena repetir a experiência quando esta é prazerosa.

    A relação entre esses dois sistemas sugere que os endocanabinóides são fortes candidatos para explicar o vício em exercício físico que algumas pessoas desenvolvem.

    Nesse contexto, vício significa que ficar alguns dias sem atividade física pode levar a sintomas como ansiedade e alterações de humor, e isso pode acontecer mesmo entre as pessoas que praticam atividade física sem exageros, sem compulsão.

    Nos casos de comportamento compulsivo, o vício na atividade física passa a ser algo negativo, pois começa a comprometer outras dimensões da vida, como por exemplo, o convívio com a família.

    Felizmente, na grande maioria das vezes, esse vício é um grande aliado da saúde física e mental.


    por Ricardo Teixeira - Doutor em Neurologia pela Unicamp